Oficina 5: Acesso, Regulação e barreiras de acesso entre populações minoritárias

Oficina 5: Acesso, Regulação e barreiras de acesso entre populações minoritárias

por Nomaria Cesar de Macedo -
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A Oficina 5 foi realizada com os gerentes e apoiadores em 05/07/2024, após todas as unidades da expansão terem terminado a oficina 4. Iniciou abordando temas, resgatando planos de ação e combinados  das oficinas anteriores. Repassado ao grupo a proposta de agenda das oficinas com sinalização dos tempos para realização dessas nas unidades e da agenda da oficina de formação de gestores que será em conjunto com o distrito noroeste. Após a leitura dos objetivos da oficina, a turma foi dividida em grupos.

Posteriormente, houve o jogo da trilha com uma discussão sucinta sobre as barreiras de acesso que existem no território e nos serviços. Para trabalhar conceitos, em grupo, foi resolvido uma cruzadinha com correção conjunta. 

Em seguida, a gerente Camila do Centro de Saúde Minas Caixa apresenta uma planilha usada para organizar o acesso na unidade como ferramenta potente neste momento de troca de sistemas.

Para implantação dessa planilha ela apresentou e pactuou coletivamente no colegiado e comissão local e é possível avaliar o acesso a todos os serviços ofertados  por essa unidade em tempo real. 

Houve uma pausa para o lanche e após retorna-se com provocações sobre o acesso para o fale com a equipe, e- multi, unidade especializada, com reflexões sobre a importância de revisão de filas, aguardando esclarecimentos e do impacto em que serviços meio podem interferir no acesso.

As discussões trouxeram ponderações importantes como:   

Momentos de troca de sistemas e epidemias pressupõem comunicação assertiva sendo os espaços coletivos locais que fortalecem as pactuações dos fluxos construídos de forma clara. Fomentando a escuta qualificada e o matriciamento como dispositivos potentes para que o cuidado em saúde seja eficiente. Os gestores são atores primordiais para os planejamentos locais em consonância com as diretrizes institucionais. E que a rede deve estar articulada para que os pontos  se integrem para um cuidado humanizado.

As propostas foram identificadas: contra-referência da urgência,potencializar o matriciamento do NASF,melhorar a qualificação das escutas e monitoramento frequente da equipe.

Para a qualidade do acolhimento e do fale com a equipe de forma que o usuário seja acolhido e atendido de forma mais assertiva foi apontada a necessidade de que os profissionais que estão chegando como efetivos deveriam ter uma avaliação do seu perfil, como algo que impacta diretamente o cuidado em saúde. O SIGRAH tem impactado negativamente dificultando alguns processos e que seria importante que os ajustes necessários neste sistema, aconteçam em tempo oportuno.  O acesso a e- multi muitas vezes é difícil e que na unidade laboratório os profissionais apontaram o fale com a e-multi como uma possibilidade de ampliar esta oferta . Para a Atenção Especializada a importância do regulador fazer um matriciamento das equipes locais para que os profissionais consigam responder os esclarecimentos solicitados. Ter um chat/e-mail como canal direto a um especialista para discussões de casos em tempo real. Ao final das discussões desses dois grupos ficou claro que o gestor tem como premissa trazer o profissional para a construção coletiva, entendendo que este processo corrobora para mudanças sólidas e factíveis.

E quando discutido a população minoritária (LGBTQIA+, indígenas,pessoas com deficiência (PCDs), negros) foi pontuado as dificuldades existentes no nossos serviços para que este público seja atendido de forma qualificada. E que esta população está em situação de vulnerabilidade social,dificultando a chegada aos pontos de atenção. Foi relatado que mesmo sendo ofertada capacitações existe um preconceito velado dos trabalhadores em acompanhar esta população muitas vezes não conhecendo os fluxos aos serviços existentes . E a importância do autoconhecimento e  empoderamento destes indivíduos para que seus direitos sejam garantidos.

Outra situação que vem impactando nossos serviços são os idosos frágeis que não são acamados e nem domiciliados, mas com dificuldades locomoção não conseguem deslocar até a unidade de saúde e as equipes não conseguem acompanhá-los em domicílio. 

E sobre as consultas especializadas é necessário a retirada e monitoramento de alguns relatórios, com destaque para os que aguardam esclarecimentos. A equipe como responsável sanitária e coordenadora do cuidado na rede  deve ter um horário protegido em agenda para junto com o gestor qualificar os encaminhamentos mesmo quando não foram inseridos em regulação pela equipe. A gerente do CS Santa Mônica relata a criação de uma planilha no drive onde os esclarecimentos são selecionados por equipe, onde é possível responsabilizar médicos e enfermeiros para monitorar os casos ,fazendo as alterações necessárias, participando do processo em gestão colegiada. 

Como dispersão dessa oficina foi solicitado a construção de um Plano de cuidado familiar por equipe e construção de um fluxo para monitoramento das consultas especializadas em regulação que estão aguardando esclarecimentos; além de monitorar o plano de ação que vem sendo construído a cada oficina.

Concluiu-se com uma avaliação positiva do momento e que alguns serviços estão conseguindo fazer construções coletivas impactando diretamente nos processos locais dentro do tema abordado. Porém, o tempo poderia ser maior para as discussões das provocações que foram levantadas e das barreiras de acesso encontradas e apresentadas no jogo  da trilha: O Caminho do Usuário. O momento formativo  propiciou discutir regulação, acesso , população minoritária para se pensar em estratégias para um cuidado efetivo, otimizando recursos e serviços em busca a um acesso assertivo  e humanizado. Com a certeza  de que várias outras discussões, alinhamentos e pactuações serão necessárias para que de fato as mudanças ocorram e contribuam para um atendimento de qualidade, no tempo oportuno em busca da integralidade do cuidado.



(Editado por MARINA SANTOS ROCHA . - envio original quarta-feira, 18 set. 2024, 10:28)

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