Memorial da Oficina 2: Gestão Participativa e Valorização dos trabalhadores no processo e gestão do Trabalho

Memorial da Oficina 2: Gestão Participativa e Valorização dos trabalhadores no processo e gestão do Trabalho

por MARINA SANTOS ROCHA . -
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Em Venda Nova, a oficina 2 do Saúde em Rede com as unidades laboratório, CS Paraúna e CEM-VN/CAM Leonina Leonor, foi realizada nos dias 08, 09, 10 e 11 de agosto de 2023 na Escola Municipal Pedro Guerra.

Nesta Oficina, iniciou-se a conversa resgatando com o grupo: 

  • Quais  os temas discutidos na oficina 1? 

  • Vocês perceberam mudanças neste período? 

  • A partir das escutas, houveram movimentos?

E neste momento, o grupo lembrou junto com as tutoras que no CS o Colegiado Gestor foi fortalecido com reuniões semanais e, posteriormente, quinzenais. Houve validação do registro das escutas no Colegiado Gestor, que foram sintetizadas em eixos e, a partir destes, iniciou-se a construção do Plano de Ação da unidade.

Buscando melhorar a comunicação e alinhamento local, houve reuniões com os técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos, por categoria. Foi realizada a 1ª festa Julina em 28/07/23, onde trabalhadores e usuários se aproximaram tanto na organização quanto durante o evento.

Alguns profissionais relataram que notaram aumento da cordialidade entre os trabalhadores e que hoje o trabalho está um pouco mais leve.

No CEM-VN/CAM, foi implantado o Colegiado Gestor após reunião realizada em 2 momentos com a equipe, onde se resgatou a oficina 1 e houve um entendimento que este dispositivo é uma ferramenta importante para uma gestão colegiada. Foram organizados matriciamentos, em formato de roda de conversa entre os especialistas e profissionais da APS iniciando ainda em agosto com a Mastologia, setembro Endocrinologia, outubro PNAR, novembro Cardiologia. Haverá uma pausa em dezembro e janeiro, retornando em fevereiro, contemplando as outras especialidades existentes neste serviço. Criação de e-mail institucional para discussão de casos e grupo de WhatsApp para divulgação de notas técnicas em formato de vídeos curtos e/ou podcast.

Após essa discussão, iniciou-se a oficina 2 apresentando os objetivos desta e a turma foi dividida em grupos, identificados por cartões de 4 cores diferentes.

Foi realizada uma dinâmica em que os grupos deveriam construir um barco de acordo com instruções que apenas o líder sabia. Num primeiro momento, todos os participantes deveriam trabalhar sem comunicação verbal ou escrita. Num segundo momento, apenas o líder poderia falar e por fim, no terceiro momento, todos poderiam se comunicar no grupo. Ao final, os líderes apresentaram o resultado da construção coletiva e todos puderam refletir sobre a importância da comunicação verbal e não verbal, como um líder faz a diferença e associar este momento com os processos de trabalhos vivenciados no dia a dia das unidades. O que a dinâmica trouxe: “Quando a comunicação é feita de forma clara, a resolutividade da demanda flui”. 

Em seguida, ainda nos grupos, foram apresentadas 6 situações-problemas identificadas na escuta da oficina 1 para que o grupo entrasse em conversa acerca disso. Eles foram instruídos a registrar a discussão em cartazes, identificando os sujeitos envolvidos no processo. 

Após o momento do lanche coletivo, os grupos apresentaram suas discussões e foram questionados se  sentiram valorizados ao fazer este tipo de conversa. Os trabalhadores avaliaram positivamente esta atividade.

Na atividade seguinte, pediu-se que identificassem na sala alguns conceitos-ferramentas que identificaram que foram utilizados nas discussões da situação-problema escolhida. Nas paredes do local, haviam sido espalhadas tarjetas com os conceitos de: Autonomia, Protagonismo, Grupalidade, Clínica Ampliada, Escuta Humanizada, Transversalidade, Comunicação, Gestão participativa/ Cogestão. As pessoas falavam o que entendiam pelos os conceitos, liam sua definição e, posteriormente, foi feita uma síntese destes.

Apresentou-se códigos QRCode com questionários de avaliação de cada unidade para os profissionais preencherem e projetou-se o consolidado das  avaliações do grupo dos dispositivos que foram apresentados: Colegiado Gestor, Comissão Local de Saúde, Reunião de Equipe, Seminário ou encontro anual de toda equipe, Oficinas de processo de trabalho, Contratos Internos de Gestão, Espaços de encontro entre Rede Complementar e UBS, Planos de Ação e Monitoramento no trabalho, Instrumentos específicos de gestão de processos e de equipe e Oficinas do Projeto Saúde em Rede. Síntese com apresentação de gráfico expositivo sobre a classificação do estágio atual dos dispositivos de cogestão e integração de equipe no trabalho em cada serviço na percepção do coletivo de trabalhadores.

Conclui-se a oficina questionando ao grupo qual(is) destes dispositivos avaliados eles identificam que deveriam ser implantados/implementados/fortalecidos como prioritário.

Para encerrar, o grupo foi convidado a ser protagonista dos processos, praticando cogestão como sujeitos autônomos desta instituição que os convida a participar desta construção coletiva de forma concreta e sólida para que o trabalho seja realizado de forma serena, comprometida e que tenha efetividade na saúde da população vinculada.



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