Memorial Oficina 6: Integração das equipes nas APS e entre Rede Complementar: apoio matricial e continuidade do cuidado

Memorial Oficina 6: Integração das equipes nas APS e entre Rede Complementar: apoio matricial e continuidade do cuidado

por MARINA SANTOS ROCHA . -
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Nos dias 18, 19 e 20 de junho de 2024, ocorreu a oficina 6 na Escola Municipal Professor Pedro Guerra, reunindo profissionais do Centro de Saúde Paraúna e do Centro de Especialidades Médicas de Venda Nova. A oficina teve como principais objetivos discutir sobre o trabalho em equipe e em rede na perspectiva da multiprofissionalidade, dialogar sobre o conceito e as formas de apoio matricial, refletir sobre a função do apoio e as habilidades necessárias ao apoiador, além de estimular a utilização do projeto terapêutico singular e planos de cuidado compartilhado. A proposta visava também ampliar o olhar sobre o conceito de cuidado compartilhado e colaborativo, revisitar a abordagem centrada na pessoa, e pensar o apoio matricial como um espaço de construção coletiva de cuidado, educação permanente em saúde, articulação de redes e territórios e troca de afetações.

A oficina iniciou-se com um resgate dos conteúdos das oficinas anteriores, principalmente da última, dos combinados nos planos de ação e dos avanços alcançados. Foi feita uma breve apresentação dos temas, objetivos e dinâmicas propostas para a oficina, e os participantes foram divididos em cinco grupos pré-definidos. Na primeira atividade, "Sobre o que Andamos Fazendo e Nossas Dificuldades", cada grupo, a partir de suas experiências com matriciamento, analisou situações-problema, ou cenas, que representavam fatos da realidade dos serviços sobre o tema do Apoio Matricial. Os grupos discutiram as ações já realizadas, as ações necessárias que não conseguem executar e as dificuldades encontradas, e prepararam dramatizações sobre a cena para enriquecer o debate e mobilizar a reflexão.

Na segunda atividade, "Sobre os Conceitos e Dispositivos que Ajudam a Melhorar e Direcionar Nossas Práticas Possíveis", cada grupo teve que construir, de forma sucinta, um conceito dentre: Apoio Matricial, Abordagem Centrada na Pessoa, Atendimento Compartilhado, Projeto Terapêutico Singular e Plano de Cuidado Compartilhado. Tiveram ainda que montar um quebra-cabeça, identificando dois conceitos cada, dentre os anteriores mais os seguintes: Apoio, Matricial, Núcleo, Campo, Interconsulta. Foi feita a correção em plenária, promovendo uma compreensão mais integrada e colaborativa dos temas abordados. Essa atividade reforçou a importância de termos conceitos claros e bem definidos para orientar as práticas e melhorar a qualidade do cuidado prestado.

Em seguida, os condutores fizeram uma síntese, iniciando com uma reflexão sobre a fala do Gato de Cheshire em Alice no País das Maravilhas: 'Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.' E relacionando com o SUS, que nos guia em direção à saúde coletiva e integral com seus princípios e diretrizes, garantindo que todas as ações sejam orientadas pelo compromisso com a equidade, universalidade e integralidade. O conceito de Apoio Matricial foi retomado, reforçado como diretriz fundamental e elencadas habilidades necessárias ao apoiador para que seja uma ferramenta de cuidado potente. 

Após uma pausa para o lanche, os grupos retomaram as discussões na terceira atividade, "Sobre os Movimentos (e Ações) Necessárias e Possíveis Neste Serviço, que Podemos Repactuar Aqui no Coletivo", e foi solicitado que articulassem propostas à luz das necessidades, dos conceitos e dispositivos discutidos. Cada grupo representou uma cena envolvendo uma reunião de matriciamento, com propostas de melhoria baseadas nas situações da primeira atividade. As personagens das cenas incluíam médicos, enfermeiros, apoiadores matriciais, agentes comunitários de saúde, técnicos de enfermagem, dentistas, usuários, dentre outros, adotando nomes fictícios para criar um ambiente de simulação que refletisse as dinâmicas reais dos serviços. As discussões trouxeram à tona desafios comuns enfrentados no cotidiano do atendimento.

Finalizou-se com a orientação das atividades de dispersão e a avaliação da oficina. As discussões permitiram revisitar e aprofundar conceitos essenciais, trocar experiências e construir conjuntamente novas estratégias para melhorar o cuidado em saúde. Ao promover a integração dos saberes, educação permanente, corresponsabilização, cogestão e uma abordagem interdisciplinar, a oficina reforçou a importância do apoio matricial como uma estratégia vital para qualificar a equipe e o cuidado prestado, sempre com foco na integralidade e na continuidade do cuidado.



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