Memorial Oficina 5 CS Paraúna : Acesso e Barreiras de Acesso entre População Minoritária

Memorial Oficina 5 CS Paraúna : Acesso e Barreiras de Acesso entre População Minoritária

por Nomaria Cesar de Macedo -
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Memorial Oficina 5 - CS Paraúna : 

Acesso e Barreiras de Acesso entre Populações Minoritárias


A Oficina 5 do Projeto Saúde em Rede do CS Paraúna, realizada nos dias 7 a 9 de maio de 2024 no auditório da Escola Municipal Professor Pedro Guerra, buscou ampliar as discussões sobre os diversos tipos de demandas e suas relações com o território, além de traçar estratégias de acesso à população que não chega até os serviços. Esta oficina foi realizada exclusivamente com a participação dos trabalhadores do Centro de Saúde Paraúna. 

A oficina foi iniciada com a apresentação dos novos participantes e um resgate do Projeto Saúde em Rede, com foco na oficina anterior e as atividades de dispersão pactuadas, informando sobre os pontos críticos do diagnóstico (Check-list) do Microprocesso de Vacinação. Houve também um reconhecimento do grupo que pequenos avanços são perceptíveis dentro do serviço no trato com os usuários e implantação da planilha de atendimento na pré-recepção melhorou a qualidade do atendimento. Com esta planilha é possível identificar o momento em que o usuário chega na unidade, é triado e atendido; contribuindo para que o serviço seja mais resolutivo e tenha visibilidade a todos os envolvidos no processo. Foi feita a leitura dos objetivos e da programação da oficina e, em seguida, a gerente Heidy apresentou pontos principais da Instrução Normativa 23, que trata sobre o acesso às unidades básicas de saúde, esclarecendo dúvidas dos profissionais. 

Tendo em vista o momento de implantação do novo sistema de prontuário eletrônico (SIGRAH) em Venda Nova, cujo treinamento estava iniciando concomitantemente à oficina, foi passado um vídeo do secretário de saúde, Danilo Borges, trazendo esclarecimentos sobre o sistema.

A atividade seguinte consistiu em uma cruzadinha realizada pelos grupos, seguida por uma correção conjunta para garantir o alinhamento dos conceitos importantes para a temática em questão, como Gestão do Cuidado no Território, Gestão de Caso, Acolhimento, Acesso, Agenda, Médio Risco, Estratificação de Risco, Continuidade do Cuidado, dentre outros. 

Na sequência, foi realizado o Jogo da Trilha: o Acesso do Usuário, em que cada grupo elegeu um participante para representar um usuário que buscava o serviço de saúde, cujos perfis haviam sido preparados anteriormente com características, demandas e condições de saúde diversas. Cada casa numerada do tabuleiro, disposta no chão, representava uma barreira de acesso territorial ou do serviço, e os participantes, ao jogar o dado, podiam superar ou não essas barreiras. Ao final, chegou-se a um vencedor e todos puderam refletir sobre os sentimentos de terem conseguido ou não ter suas demandas atendidas. O jogo teve por objetivo possibilitar que os participantes se colocassem no lugar do usuário e muitos relataram frustração em relação às barreiras vivenciadas no jogo.

Para a próxima atividade em grupo foi utilizado o método de Análise Coletiva do Trabalho, onde os participantes foram convidados a refletir sobre questões cruciais relacionadas ao acesso efetivo aos serviços de saúde, a partir dos conceitos e dispositivos explorados no jogo da trilha e na Cruzadinha. Os participantes foram incentivados a discutir estratégias para garantir acesso equitativo e de qualidade, especialmente em situações de troca de sistema e crises de saúde pública; refletir sobre o aprimoramento do acolhimento e da escuta no atendimento aos usuários, considerando a possibilidade de otimização das agendas das equipes e a integração com a e-Multi para melhorar a experiência do usuário; identificar dificuldades no cuidado às pessoas com condições crônicas no território; e ainda, a propor soluções dentro da governabilidade local para aprimorar o acesso e acompanhamento qualificado desses usuários.

Nas discussões ficou explícito a necessidade de pensar na otimização das agendas dos profissionais médicos e e-Multi com propostas de fazer um piloto de uma agenda compartilhada do médico durante o Fale com a equipe e de ter um fale com e-multi para ser pactuada em reunião de colegiado, na perspectiva de implantação após análise da disponibilidade  e construção de escala com estes profissionais. Outro ponto importante que foi desvelado na oficina é a necessidade de um alinhamento do fluxo para agendamento com a homeopatia.

Foram feitas as apresentações das propostas dos grupos em plenária, com pactuação no coletivo, a serem incluídas no Plano de Ação da unidade.

Por fim, foi realizada a avaliação final da oficina, no coletivo, garantindo que os propósitos centrais foram alcançados e reforçando o compromisso contínuo do Projeto Saúde em Rede em promover o cuidado integral e o protagonismo dos profissionais envolvidos na construção de soluções para os desafios enfrentados no dia a dia do trabalho em saúde.



(Editado por MARINA SANTOS ROCHA . - envio original quarta-feira, 29 mai. 2024, 17:38)

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