Oficina 4 : Território e Vigilância em Saúde

Oficina 4 : Território e Vigilância em Saúde

por Nomaria Cesar de Macedo -
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Memorial of. 4 : Território e Vigilância em Saúde

Foi realizada no dia 26/04/24 no CREAB-VN a oficina 4, Território e Vigilância, com gerentes e apoiadores da regional Venda Nova. Iniciou-se lendo os objetivos e o roteiro da oficina e reforçando com o grupo gestor a importância de se atentar a estes objetivos no momento da expansão das oficinas locais. 

Em seguida, retomou-se a avaliação dos dispositivos de articulação de ações no território realizada por este grupo na última oficina, destacando os itens de maior e menor pontuação, a saber: BH-Map e E-gestor considerados com a pior nota e SISREDE, CADSUS-WEB e Repositório com as melhores notas. Foi falado sobre a importância da avaliação enquanto um momento de monitorar processos e movimentar as situações com uma avaliação inferior, no sentido de traçar rumos para avançar dentro das diretrizes e pactuações acordadas.

Posteriormente, houve a apresentação do mapa inteligente realizado pelas Unidades Laboratório CS Paraúna e CEM/CAM-VN, realizada pelos gerentes das respectivas unidades. Como no CS foi construído um mapa inteligente por equipe, Heidy relata o quão importante foi este movimento, em que a RT do distrito que trabalha diretamentente com o E-visita, cadastro e repositório esteve in loco para capacitar as equipes quanto à importância dos dados atualizados e a extração desses no sistema. Ainda houve a movimentação de uma residente de medicina que estratifica as necessidades de visitas domiciliares por profissional quanto a periodicidade e necessidade, diferenciando acamados de domiciliados.

Já a apresentação do mapa inteligente do CEM/CAM-VN, realizada por Flávia, teve um movimento intenso para se conseguir os dados, já que havia um novo sistema em vigência. E apesar de várias reuniões ela utilizou dados coletados manualmente em planilhas internas. Ela apresenta a população do distrito por faixa etária, por unidade de saúde e contextualiza que a unidade com maior população não é a unidade que mais demanda o CEM. Analisa também a demanda por especialidade e o impacto do absenteísmo com a desregionalização. Foi um momento de troca bastante rico entre todos os presentes. 

Neste momento, seria passado um breve vídeo introduzindo os conceitos de Vigilância em Saúde, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, Vigilância Sanitária e Saúde do Trabalhador. Entretanto, devido a dificuldades com o áudio, o vídeo foi  disponibilizado aos participantes posteriormente.

Na sequência, foi proposto o jogo Quiz Gira e Vigia, elaborado pela equipe da epidemiologia para esta oficina, buscando testar e consolidar os  conceitos que aparecem no vídeo. Para o jogo, a turma foi dividida em 6 grupos e cada grupo elencou quem iria participar da competição girando a roleta. Foi um momento lúdico, em que todos se descontraíram e puderam falar de conceitos amplos e densos de uma maneira leve.

Ainda em grupo, foram discutidos algumas situações-problema construídas, que abrangeram situações verídicas de acumuladores, contaminação de água, esporotricose, ILPI com surto de doença respiratória, imunização e IST e TB. Cada caso foi analisado, apontando quais vigilâncias estavam presentes e que dispositivos eram necessários para atuar na situação apresentada. Foram destacadas as atividades já realizadas, as pendências e os obstáculos enfrentados nos processos de trabalho.

Houve pausa para o lanche e, no retorno, os grupos apresentaram as discussões com bastante riqueza de detalhes, enfatizando as ações necessárias, incluindo as articulações intersetoriais imprescindíveis para intervenções assertivas e construções com participação multiprofissional.

Foi feita uma apresentação das vigilâncias no modelo de construção social da APS em que se faz analogia com uma casa, identificando as ações de vigilância em cada macro e microprocesso da atenção básica. Propôs-se como atividade de dispersão o monitoramento da aplicação do check-list do microprocesso de vacinação, além da inclusão das propostas que surgiram no plano de ação e seu monitoramento. 

E para concluir o encontro, foi feita uma provocação de como está se fazendo vigilância na função gerencial diante de tantas demandas, desafios, fragmentações e desencontros no dia a dia do nosso serviço. Um gestor manifestou a angústia de estar apagando incêndio e muitas vezes não conseguir seguir com um monitoramento e planejamento neste lugar em que ocupa. Outro falou de sua insatisfação pela falta de respostas institucionais para que se possa avançar no trabalho em rede. Sinalizou-se que o distrito está à disposição pois tem como função apoiar as unidades no que sentirem necessidade.

O grupo concluiu com avaliação positiva do momento, sem posições verticalizadas e com discussão de temas que fazem sentido para provocar movimentos e efeitos para um cuidado em saúde pautado na ética, comprometimento, em que a análise coletiva do trabalho é um dispositivo potente para a construção coletiva de um trabalho humanizado e em rede.



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