Memorial da Oficina 2: Gestão Participativa e Valorização dos trabalhadores no processo e gestão do trabalho

Re: Memorial da Oficina 2: Gestão Participativa e Valorização dos trabalhadores no processo e gestão do trabalho

por KEILA DOS SANTOS CORDEIRO FARIA . -
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25/10/2023 2° Oficina Saúde em rede centro de saúde Andradas, equipe Leishmaniose e Central de castração
Iniciamos com a retrospectiva da primeira oficina. Questionamos as mudanças no processo de trabalho desde a última oficina. Foi esclarecido o que já está sendo realizado e o já está discutindo em colegiado gestor, comissão local, trabalhando em grupos cooperativos e com ACS. Funcionária traz a questão da organização da sala de reuniões, mudança no processo de acompanhamento de crianças do bolsa família. Apresentado vídeo com fotos da oficina 1. Realização da atividade do barco. Falas dos profissionais a respeito da atividade, “achei divertido, logo pegaram a informação e fizeram. ” “Não achei difícil. ” “No início ficou-se na expectativa de entender, mas logo se organizaram. ” “Muito difícil, nunca fiz um barco, para passar foi difícil de mais, para explicar, para entender, se o líder tem noção do que está fazendo dá para fazer de boa, se a pessoa não sabe fica muito difícil. Levando para o trabalho se eu receber uma informação e não pegar direito posso repassar coisas erradas, não dá para ficar no achismo. ””O pior é que o líder tem que monitorar. O produto de cada grupo foi: apresentado um teatro do problema na pré-recepção. Funcionário escalado passa mal e enfermeira teve que remanejar alguém que não queria ir e a população só xingando. Solicitado soluções com respostas e chamar a guarda municipal, realizar o trabalho em equipe. Outro grupo realizou a apresentação com ajuda de cartaz a respeito de violência sofrida pelo funcionário. O outro integrante do grupo refere que ficaram discutindo questões de violências vividas: usuário x funcionário, usuário x usuário, funcionário x funcionário, e que apareceram violências como: racismo, abuso de poder, ser intimidados por arma, policial dar “carteirada” dizendo que tem prioridade por ser polícia. Referem que a guarda faz falta, que paciente já esperou a guarda ir embora para “aprontar” e afrontar, que deve se criar uma rede de apoio para os funcionários. Foi colocado que não se deve conformar e que questões de assédio devem ser notificadas no site PBH para qualquer forma de violência, pode ser que no momento não se dê muita atenção ou faça questão, mas assim vão juntando e podendo chegar a ter problemas psíquicos que necessitam de ajuda profissional. A guarda faz falta, mas podemos nos ajudar e logo alguém chamar a guarda agindo como rede, foi dado o exemplo de usuário que queria tomar vacina que não tinha direito e que foi necessário contornar o caso, deve-se afinar a comunicação e manter sabedoria para o trabalho. Os problemas ocorrem as vezes por falha do processo, as vezes por angústia ou dor ou saúde mental do usuário. Deve-se sempre registrar racismo e assédio sexual e as demais situações de violência para que a SMSA veja que é uma UBS que precisa de mais atenção e apoio. Foi colocado que muitas vezes nós temos comunicação violenta e comportamentos que podem melhorar, ao ver que o clima começou a esquentar deve-se trocar de lugar com outro profissional que não está envolvido no momento. Outro grupo apresenta sobre encaminhamentos e consultas especializadas, discorrendo soluções ao orientar os usuários, que eles devem informar a UBS em caso de piora pois pode ser que se troque sua classificação de baixo para alto risco, subindo assim na fila de espera. A equipe de saúde na família deve realizar visitas e os familiares trazerem as informações para que toda e qualquer profissional da UBS possa olhar a questão do paciente e sua posição na fila, todos os profissionais psicólogo, assistente social, todos para ver se ele ainda está na fila e como está a situação, sendo assim um trabalho conjunto do usuário e equipe de saúde, todos para mudar a classificação. Outra sugestão é passar casos para serem discutidos junto aos outros setores, passar o caso para o conselho local de saúde de como ocorrem os agendamentos e as demoras na fila. Ninon coloca que antigamente existia comissão de enfermeiros e médicos que faziam a regulação da fila dos exames, dos encaminhamentos de todo o posto, não só de sua equipe e que isso deveria voltar. Keila coloca que tem se discutido o retorno das comissões de regulação tanto local como distrital, neste momento se olhava os pacientes que foram rejeitados e o paciente achava que continuava na fila, coloca que isso é uma proposta institucional e que irá retornar, coloca ainda que existe fila de reaproveitamento, mas que não se tem conseguido aproveitar, outro ponto importante também é que os médicos devem fazer encaminhamentos o mais detalhado possível, Keila coloca que é preciso procurar a equipe de saúde da família para olhar a situação do paciente. O último grupo apresenta com auxílio de cartas a respeito de notas técnicas de vacina que alteram o processo de trabalho imediatamente, é colocado que a comunicação deveria acontecer de forma diferente do que ocorre hoje, propõe-se o fluxograma descrito no cartaz e que o colegiado gestor possa repassar e divulgar tudo o que é discutido, pois não é repassado para os pais o que se passa na reunião da comissão local de saúde ou do colegiado gestor. Patricia fala que não tem tempo para repassar informações para a equipe porque a vacina nunca pode parar. Deveria haver apresentação da nota técnica e não somente serem repassadas para ser lidas, Keila coloca que quem está no colegiado gestor é representante de pares e que este deve trazer informações dos colegas e levar informações aos colegas, mas que o colegiado gestor está aberto a quem quiser participar mas pede que se comunique antes para que ela possa organizar a UBS. As propostas do grupo são: 1- gestão informar com antecedência as mudanças com a nova nota técnica, 2- organizar a apresentação da nota técnica com uma referência a todos os funcionários da vacina, 3- repassar a informação a todos os funcionários do centro de saúde de modo a integrar as ações, 4- após planejamento e alinhamento expor as informações na mídia, obs: o colegiado gestor deve repassar as informações de forma sucinta, objetiva e criativa para todos os funcionários. Momento da atividade apresentando os conceitos e levantando exemplos, leishmaniose fala que se sentiam excluídos por não serem chamados para participar de nada na gestão passada, e que agora se sentem valorizados e felizes, pois também fazem parte da equipe de saúde e esperam ser chamados sempre. Keila apresenta os dispositivos de gestão participativa, Keila sugere reuniões para discutir questões que chegam a interferir em setores além do setor de origem do conflito, se preciso levar inclusive no colegiado gestor onde o coletivo pode pensar em algo para resolver o problema. Uma evolução que já temos é a participação da rede complementar dos matriciamentos, se vocês tiverem desejo e embasamento é possível articular muita coisa. Oficina finalizado com vídeo motivacional, as colheres com cabo grande para tomar sopa que fala do Airton Senas de que ele faz parte de uma equipe. .

26/10/23. Segunda oficina do saúde em rede centro de saúde Andradas, turma da manhã.
Keila lembra da primeira oficina e pergunta quais mudanças ocorreram desde a primeira oficina, mas não houveram respostas. Pergunta como foi a primeira oficina para eles, e teve como resposta “foi uma oportunidade para todos falarem. ” Keila então apresenta o que está sendo feito desde a primeira oficina, como discussões no colegiado gestor, reunião na comissão local a respeito da demanda espontânea, e a capacidade de atendimento que se esgota, criação de grupo de crianças do auxílio Brasil, organização da sala de reuniões e comentado com a comissão local que para melhoria de espaço físico que a própria comissão local é quem deve cobrar na secretaria. Ana fala das alterações na leishmaniose  com aumento de reuniões e que amanhã terá reunião para feedback da campanha antirrábica e que na próxima quarta feira já teremos um treinamento de reciclagem. Apresentado vídeo com as fotos da primeira oficina, realização da dinâmica do barco, falas a respeito da dinâmica do barco: “Muito difícil a comunicação sem poder falar. ”, “pensei que poderia escrever, que não podia usar a língua portuguesa só na fala. ““Após ser liberado para falar, foi comunicado ao grupo que construiríamos um barco juntos. “, “Fizemos vários barcos para escolher o melhor, foi produção em massa! Somos engenheiros! “, “ Colocamos os bonequinhos representando todo o grupo que participou. ”, “ Achamos importante dar nome ao barco, Terra Andradas. “, “As orientações deveriam ser melhor esclarecidas para o grupo. “ Ao final a produção dos grupos foi que três grupos construíram o barco e um grupo desenhou o barco. Keila explicou o propósito da atividade para todos sobre como fazer a tarefa de escolha de tema problema e apresentação do produto do grupo, as apresentações dos grupos foram:
Um grupo realizou uma apresentação de teatro sobre encaminhamentos e consultas especializadas, em que o médico fala com o paciente que a consulta especializada irá sair rapidinho, paciente vai no setor de agendamento do SAMI e o SAMI lhe diz que o agendamento é demorado e que deve voltar em um mês para ver como está, no mês seguinte a paciente volta e começa a brigar por sua consulta não estar agendada, sendo que o médico lhe garantiu que iria sair rapidinho, pede para falar com a gerente. Ao final da apresentação é explicado que médicos e enfermeiros devem fazer encaminhamentos com muitos detalhes clínicos e explicar para o paciente todo o processo de espera e marcação.
Outro grupo faz a apresentação de teatro em que paciente chega com queixas inespecíficas e quer passar por consulta médica que já não tem vaga para atendimento, paciente ameaça quebrar tudo, afronta profissionais e é chamado a guarda municipal, mostram a diferença de conduta do paciente quando a guarda está presente, devendo o guarda estar no centro de saúde durante todo o horário de funcionamento.
Outro grupo apresenta com auxílio de cartaz questões de comunicação e ser necessário também o acolhimento do profissional pela instituição e estimulo ao autodesenvolvimento e autocritica, sendo legal oficinas e reuniões sugerindo momentos como este da oficina para integração e discussão de problemas. Importância de feedback com autocrítica e buscar ajuda.
O ultimo grupo realizou a apresentação de teatro em que falta um funcionário na pré-recepção, argumentam que os profissionais do centro de saúde sempre chegam, na hora e que se o profissional não vem o outro já supri a pré-recepção logo as 7:00 horas da manhã e somente depois pedem para a enfermeira remanejar um profissional, mas a equipe de enfermagem vê e nunca deixa a pré-recepção sem ninguém e que a qualidade dos profissionais de enfermagem é ótima porque todos trabalham em todos os setores e os próprios profissionais logo se organizam e não ficam esperando pelo enfermeiro resolver.
Foi comentado que o aumento da violência é porque as pessoas estão imediatistas e um não quer entender o outro e o usuário não quer entender como é o fluxo da unidade, que é necessário ter cuidado com a comunicação, necessário escutar antes de falar, comenta que situações de desconforto e assédio devem ser notificadas para a SMSA saber o que está acontecendo na UBS e também tempos a questão de ter apoio do sócio funcional no distrito, coloca que todos devem preencher o formulário de violência e ligar na GERGETR para discutir o caso. Zoonoses coloca que devemos ficar atentos e proteger a equipe pois vai que o usuário volta e aí já ligamos o alerta. Keyla pergunta se um guarda 12 horas no centro de saúde resolveria o problema, profissionais respondem em coro que não, mas ajudaria. Keyla coloca que não seria a solução pois ele ficaria ocioso e o que deve ser feito é atuar em equipe, é um olhar para o outro e melhorar a comunicação. Keyla coloca todos os locais onde o profissional pode se expor para conversar sobre seus processos de trabalho, como: colegiado gestor, reunião de pares e que quando ela mesma dá um feedback para um profissional os demais profissionais não devem ficar sabendo. Keyla comenta que achou interessante o grupo ter abordado o lado bom que existe na unidade, em que se resolve os problemas da falta de um funcionário, que os profissionais sempre se ajustam com empatia para haver coberturas, que no Andradas não há a aparência que existe a falta de um funcionário. Keyla relembra que ontem foi colocado na turma anterior que muitas vezes o profissional não pede ajuda e que um deve olhar para o outro. Um profissional coloca que todos sempre pensam em se cobrir e que é comunicado a todos quando não se está em condições de ficar no local estabelecido inclusive por whatsapp. Tirei foto dos cartazes, devo copiar depois. Realizado a atividade dos conceitos em grupos e exemplos, percebe-se que os grupos preencheram os questionários dos conceitos com muitas respostas diferentes, as pessoas se abstém de responder o que haviam respondido em cada questão quando solicitado para falar em grupo. Profissionais muito calados. Sobre a escuta humanizada, o profissional da academia da cidade diz que ela ocorre a cada avaliação física. O profissional da Zoonoses informa que as vezes a comunidade quer conversar e que tem outros momentos que não nos tratam bem. Foi argumenta que o trabalho educativo da zoonoses é árduo, que já chegaram a reclamar com ela que o profissional despejou o galão com suas larvas no chão.  Sobre a clínica ampliada, foi colocado que a reunião de matriciamento não deve ser “passação” de casos, que deve ser um local de construção e transformação e que se necessário for chamar outros envolvidos, como: conselho tutelar e PAEFI, pois não é questão de passar o problema como sendo “agora o problema é seu! ” Luciana coloca que o plano terapêutico tem que ser individualizado porque há nuances que diferem um diabético de outro, como questões familiares diferentes. Pensar na pirâmide a base é a pessoa que consegue se cuidar, pensar no que podemos ofertar para que está no meio e tem diabetes e no alto da pirâmide que é aquele que sempre interna e é mais frágil. A respeito do protagonismo a zoonoses deu exemplo do acumulador da área, afirmam que ele está mais acessível e deu até presentes para a zoonoses. Foi colocado que em reuniões de equipe devem se falar o que deu certo e o que não deu certo, dar feedback em grupo. Foi falado que a cada oficina tudo que é levantado de problema será discutido no colegiado gestor, afirma que no momento não é permitido atualmente encontro anual para reunião com os trabalhadores de todo o centro de saúde, mas já se tem a proposta para que volte neste momento que serve para a revisão de trabalho realizado, aumentar interações que os gestores só estão colocando essa necessidade junto a SMSA. Foi solicitado que mais profissionais participem do conselho local de saúde que é o local onde pode se defender e ver o usuário como um parceiro.