Memorial Oficina 1: Projeto Saúde em Rede BH: Trabalhando em equipe

Memorial Oficina 1: Projeto Saúde em Rede BH: Trabalhando em equipe

por FERNANDA FRANCA MARQUES . -
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As primeiras oficinas do Projeto Saúde em Rede do Centro de Saúde Alameda dos Ipês, Centro de Saúde Rio Branco e Centro de Especialidades Odontológicas de Venda Nova, aconteceram na sala multiuso do Centro de Saúde Rio Branco e teve a seguinte organização na distribuição das turmas:


Foram responsáveis pela condução das oficinas:

• Alex Veloso Mendes – gerente do Centro de Saúde Alameda dos Ipês 

• Aline de Fátima Gaspardine – gerente do Centro de Especialidades Odontológicas 

• Fernanda França Marques – gerente do Centro de Saúde Rio Branco 

• Lilian Oliveira de Souza Rocha – RT da GAERE VN e apoiadora das unidades 

• Katia Amorim Rodrigues Marques – assessora da DRES VN 


As oficinas iniciaram com a apresentação de cada trabalhador, tendo sido solicitado que dissesse, em uma palavra, uma qualidade que identificasse em si para o trabalho em equipe e uma expectativa em relação ao Projeto Saúde em Rede. Estes relatos foram registrados em cartolina e foram resgatados ao final. 

Depois, foi exibido um curta metragem de animação chamado “Piper descobrindo o mundo” de apenas seis minutos, mas, que traz reflexões sobre o processo de aprendizagem. No curta, um filhote de ave marinha está descobrindo o mundo. Seguindo o ciclo da natureza, chega um momento onde ele tem de se prover sem a ajuda da mãe. Dada à atividade de sua espécie, ele precisa abrir conchas para se alimentar. Contudo, os pássaros possuem um ritmo para poder catar as peças. Elas só poderiam ser alcançadas se não houvessem ondas quebrando na praia. Inexperiente quanto a isso, o filho acaba por se distrair e é levado por uma onda. Como resultado, acaba por criar um trauma de ir até a praia para catar conchas, embora precise para comer. Como nada na vida é fácil, ele retorna ao local carregando temores, até que encontra um filhote de caranguejo. A pequena ave se desespera ao ver uma nova onda chegando e o outro filhote em frente para ela. Entretanto, o pequeno caranguejo, involuntariamente, lhe ensina como resistir àquilo. Repetindo seus passos, a pequena ave se finca no chão e descobre que também é capaz de aguentar as ondas. Refletimos com os trabalhadores sobre essas situações, contextualizando sobre o processo de aprendizagem no serviço e trabalho em saúde. 

Em seguida, foi feita a apresentação do Projeto Saúde em Rede BH (utilização de slides), com a seguintes informações: objetivo, resultados esperados, implantação, estrutura operacional, apresentação da rede priorizada em cada regional do município, papel e importância das Unidades Laboratório. 

A seguir, houve uma discussão sobre Educação Permanente em Saúde e Educação Continuada, abordando as diferenças e semelhanças entre elas e situando as oficinas no campo da Educação Permanente em Saúde, contempladas pelo PROEP, e os cursos curtos como momentos de Educação Continuada. 

Depois realizamos o exercício da Máquina Registradora onde a orientação foi para que cada um respondesse individualmente as perguntas. Após alguns minutos o trabalhador pode discutir com o colega as respostas e analisar se mudaria ou não e fizemos um intervalo para o lanche. 

No retorno do lanche fizemos a correção do exercício e refletimos com os trabalhadores sobre os prejuízos das suposições quando não se tem todas as informações e demonstramos como a busca do consenso facilita e melhora a decisão. Além de abordar que pontos de vista e interpretações diferentes devem ser tratadas com respeito. 

Em seguida, abrimos então, para um momento de escuta em que os trabalhadores puderam colocar o trabalho em análise. Levantando-se os desafios e motivações pessoais da equipe. Todas as falas foram anotadas e posteriormente consolidadas para análise nos respectivos Colegiados Gestores. A partir dos “problemas levantados”, cada unidade está elaborando com o Colegiado Gestor um Plano de Ação que contemple melhoria dos processos de trabalho, visando um fluxo mais assertivo, bem como o fortalecimento da Rede através da integração das Unidades dos dois níveis da assistência.

Apresentamos também o Mapa Pessoal de cada unidade, contextualizando com as qualidades levantadas pelos trabalhadores na primeira atividade do dia, no exercício de resgatar com os participantes a potência de todos para o trabalho em equipe e em rede. 

No final, foi exibido um outro curta metragem de animação chamado “O Farol da Responsabilidade” de apenas 03 minutos, que expressa a necessidade do trabalho em equipe. Na torre que sustenta o farol, um guardião (o faroleiro) assegura-se de mantê-lo aceso diuturnamente. Contudo, numa noite de luar, repentinamente o farol se apaga e ao tentar consertá-lo, o faroleiro acidentalmente o deixa cair ao chão perdendo-o aos pedaços. Seu semblante de desespero se acentua ainda mais ao ver que uma nau se aproxima rapidamente da comunidade. O farol apagado, sem dúvidas, representava um grande perigo tanto para os navegantes como para os habitantes da comunidade. A comunidade, porém, consciente da importância do farol e da responsabilidade de todos cada habitante ergue o seu pequeno lampião e a soma de todos esses pequenos focos de luz reverbera um imenso clarão que reorienta os tripulantes do navio. Na reflexão com os trabalhadores mostramos que todos somos susceptíveis a errar, mas, que o trabalho em equipe, a proatividade e a consciência da responsabilidade coletiva torna o trabalho da equipe mais “leve” e eficiente. Os participantes preencheram uma avaliação sobre o seu “sentimento” em relação a primeira oficina e as avaliações foram positivas, entendendo que esses momentos de escuta e reflexões melhoram o processo de trabalho e consequentemente a assistência em saúde.