Memorial da Oficina 6

Memorial da Oficina 6

por FERNANDA FRANCA MARQUES . -
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Memorial da Oficina 6 do Projeto Saúde em Rede

Integração das equipes na APS e RC: apoio matricial e continuidade do cuidado


As turmas da Oficina 6 do Projeto Saúde em Rede do Centro de Saúde Alameda dos Ipês, Centro de Saúde Rio Branco e Centro de Especialidades Odontológicas de Venda Nova, aconteceram na sala multiuso do Centro de Saúde Rio Branco e teve a seguinte organização na distribuição das turmas:


Centro de Saúde Alameda dos Ipês e Centro de Especialidades Odontológicas de Venda Nova

Turmas

1

2

Dia

10/09/20244

10/09/2024

Horário

07:00 às 10:30

13:30 às 16:00



Centro de Saúde Rio Branco e Centro de Especialidades Odontológicas de Venda Nova

Turmas

1

2

3

Dia

09/09/2024

09/09/2024

09/09/2024

Horário

07:30 às 10:00

10:00 às 12:30

13:30 às 16:00



Foram responsáveis pela condução das oficinas:

  • Alex Veloso Mendes – gerente do Centro de Saúde Alameda dos Ipês

  • Aline de Fatima Gaspardine - gerente do Centro de Especialidades Odontológicas VN

  • Fernanda França Marques – gerente do Centro de Saúde Rio Branco

  • Lilian Oliveira de Souza Rocha – RT da GAERE VN e apoiadora das unidades



Iniciamos a oficina com a apresentação do tema e dos objetivos da mesma em uma apresentação:

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Em seguida apresentamos o vídeo “Give in to Giving” que em tradução livre significa “Ceda para Dar” e é uma animação cheia de personalidade, para promover o programa de voluntariado de uma empresa, com a campanha que foca na empatia como um sentimento que contagia e transforma um personagem egocêntrico e “carrancudo” em um cara “gente boa”. Em seguida refletimos um pouco sobre a mensagem do vídeo que fala sobre o insight de que o altruísmo está profundamente enraizado na natureza humana e que se dispor por uma causa, grande ou pequena, preenche nosso instinto natural de ajudar, compartilhar, se envolver e se importar com as pessoas ao nosso redor. 


Depois, dividimos os presentes em 03 grupos para fazer o “Jogo de Ligar” e explicamos a regra do mesmo:


  • O grupo vai ligar a palavra conceito da primeira coluna com a sua explicação correspondente na segunda coluna. 


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No final de cada jogo fizemos a correção com os grupos explicando e exemplificando melhor cada um dos conceitos.


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Procuramos reforçar com os profissionais que o apoio matricial é o arranjo organizacional e metodológico adotado para o trabalho das equipes no SUS e que podemos considerar, por exemplo, o Nasf e a Saúde Mental como apoiadores matriciais e as Equipes de Saúde da Família como equipe de referência. Explicamos também que tanto mais é efetivo o Apoio Matricial quanto mais dialógica, próxima e empática é a relação dos profissionais envolvidos e que ele não pode, de forma nenhuma, ser reduzido à reunião de matriciamento. Mesmo porque, “todas as demandas das equipes não cabem no tempo da reunião”. O desafio posto então, é organizar estratégias complementares à reunião de matriciamento para compartilhamento das demandas. Ressaltamos também que este apoio matricial também acontece entre a APS e a rede complementar de várias formas (e-mail, telefone) e deve ser cada vez mais frequente.

Em seguida, os mesmos grupos receberam, cada um, uma situação diferente para ser encenada de forma teatral e depois responder às “ações que acham necessárias e não conseguem fazer em torno de situações semelhantes”.


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A reflexão após as apresentações foram riquíssimas em todas as cinco turmas. Ficou claro que esse “apoio matricial” precisa ser revisto por toda rede e não está acontecendo de uma forma eficaz. O grupo de uma forma geral refletiu muito sobre esses serem momentos em que a equipe PSF tenta “passar” os casos, e outra (Nasf / SM) “agenda” o atendimento. Foi falado também deste ser um momento “burocratizador” ao invés de ser organizador do processo de trabalho, de compartilhamento de saberes e práticas. Mas, há de se registrar também as limitações citadas e reconhecidas do Nasf / SM diante da demanda cada vez maior pelos serviços e de vários “gargalos” que encontramos na rede complementar e que acabam por “sufocar” ainda mais o atendimento na atenção primária. A seguir vamos colocar algumas falas dos profissionais durante esse momento de reflexão para exemplificar melhor:

  • “Psicologo é uma barreira de entrada ao paciente.”

  • “O primeiro atendimento no Cersam não é humanizado. Fazemos um encaminhamento, explicamos a situação e mesmo assim o paciente é devolvido após a escuta inicial do técnico sem nenhuma contra referência para a unidade.”

  • “A impressão que eu tenho é que se o paciente não tiver rasgando a roupa na rua ele não tem critério para o Cersam.”

  • “Paciente que encaminhei para o Cersam de transporte sanitário voltou dizendo que nem viu a cara do médico. Foi escutado e depois ficou aguardando o retorno do técnico com uma prescrição.” 

  • “O acesso para a Equipe Complementar é muito difícil.”

  • “Paciente perdeu um atendimento na Equipe Complementar e não conseguimos remarcar, perdendo assim o vínculo.”

  • “Percebo que as famílias principalmente das crianças com suspeita ou diagnóstico de TEA ficam igual ping pong porque, não conseguem acessar a SM, não conseguem acessar o Nasf e muito menos a equipe complementar, creab ou clínicas conveniadas.”

  • “A saúde mental deveria usar uma planilha no drive semelhante a utilizada pelo Nasf. Porque assim, as ESF conseguem acompanhar quem está em tratamento, quem recebeu alta ou simplesmente abandonou.” (Rio Branco)

  • “Reunião de matriciamento ser a única forma do paciente acessar o serviço é muito ruim. Se recebemos um caso eletivo hoje e a reunião de matriciamento foi ontem, temos que esperar um mês para discussão e só então dar um retorno para o paciente.” 

  • “Fluxos para os pacientes com TEA não funcionam.”

  • “Equipe Complementar é muito restritiva e só fecha as portas.” 

  • “A criança fica pipocando entre consulta com a ESF, o pediatra e o tratamento em tempo oportuno para o TEA não consegue.”

  • “A urgência odontológica no HOB é pouco resolutiva.”

  • “É muito difícil conseguir contato no HOB para encaminhar as urgências odontológicas e mais de uma vez já aconteceu de autorizarem e chegar lá o plantonista recusar o atendimento e mandar o paciente voltar para o posto encaminhar para o CEO via sigrah. Só que o CEO não atende urgência e via sigrah as filas demoram.”  

  • “Desconhecimento dos protocolos e fluxos por todos os profissionais às vezes atrasam os encaminhamentos e geram retrabalho.”

  • “Quando vamos matriciar um caso na rede complementar temos dificuldade em falar com o profissional médico. Normalmente tem um intermediário, o que dificulta e na verdade desconfigura a ação de matriciar.”  

  • “O atendimento da criança especial ser no centro de saúde Lagoa, já é uma barreira de acesso pela distância.”

  • “O psiquiatra não acompanha mais o paciente em nenhuma situação. Temos apenas algumas avaliações pontuais que não resolvem o problema e nem ajudam a ESF.”

Para finalizar, exibimos o vídeo “O voo dos gansos” com o objetivo de exemplificar aos presentes que pessoas que compartilham um objetivo comum chegam ao seu destino mais depressa e mais facilmente do que se o fizessem sozinhas, por que elas se apoiam na confiança e na solidariedade umas das outras. Depois entregamos a lembrancinha com a mensagem dessa oficina. 

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