Memorial Oficina 2

Memorial Oficina 2

por Nomaria Cesar de Macedo -
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Memorial da Oficina 2 do Projeto Saúde em Rede - 15/09/23



Conduzido por: Gerente da DRES Marina

Apoio das tutoras Marina e Nomária e das assessoras Viviane e Kátia


A Oficina 2 do Projeto Saúde em Rede, realizada no dia 15 de setembro de 2023, foi um espaço fundamental para aprofundarmos nosso entendimento sobre gestão participativa e a valorização dos trabalhadores no processo e gestão do trabalho em saúde. A seguir, relato os principais momentos e atividades realizadas durante o encontro:


Iniciamos o dia relembrando a Oficina 1 e sua ênfase no trabalho em equipe. Perguntamos aos participantes se eles se lembravam do foco da Oficina 1 e se havia ocorrido algum movimento diferente em suas unidades durante o período subsequente. Também solicitamos que compartilhassem suas percepções sobre quais mudanças, se houve, ocorreram nesse intervalo.


Na atividade 1: Espaços de construção coletiva no trabalho, promovemos uma reflexão sobre como ocorre a construção coletiva no ambiente de trabalho dos participantes e quais dispositivos costumam ser utilizados. Introduzimos alguns dispositivos de co-gestão legitimados pela Política Nacional de Humanização do SUS e convidamos os gerentes a avaliá-los de acordo com suas unidades.


A atividade 2: Dinâmica do Barco teve como objetivo promover reflexões sobre a comunicação efetiva entre os profissionais e fortalecer o trabalho em equipe. Dividimos os participantes em quatro equipes, cada uma com seu líder. Eles receberam a tarefa de construir um barco com base em instruções limitadas. A dinâmica envolveu momentos de comunicação por mímica, comunicação apenas pelo líder e, por fim, a comunicação aberta de todos os membros. Ao final, os líderes apresentaram os resultados, e refletimos sobre como a comunicação influenciou o processo. Marina tutora questionou por que, num grupo só de gerentes, houve resistência em ser líder de equipe.


Na atividade 3: Discussão em grupos sobre situações das realidades de trabalho, os participantes foram divididos em grupos para discutir situações relacionadas ao trabalho, selecionadas com base nas questões mais frequentes levantadas na Oficina 1. As discussões abordaram temas como o comportamento dos trabalhadores, planos de ação, casos de violência, rotinas de encaminhamentos, metas e ausência de gestores. Valorizamos o conhecimento e a diversidade de perspectivas dos participantes durante as discussões.


Durante a atividade 4: Descrição de conceitos em grupo, convidamos os participantes a identificarem conceitos relacionados à gestão participativa e valorização dos trabalhadores que emergiram durante as discussões. Cada conceito identificado foi discutido e aprofundado em grupo, proporcionando um entendimento mais claro sobre esses princípios fundamentais.


Encerramos a oficina projetando os resultados da avaliação dos dispositivos de co-gestão. Apresentamos conceitos de reunião de equipe, colegiado gestor, comissão local, oficinas de processo de trabalho e contrato interno de gestão, e convidamos os participantes a refletirem sobre quais desses dispositivos poderiam ser utilizados ou implementados para fortalecer a co-gestão em suas unidades. Também discutimos a importância de avaliar e priorizar a implantação de dispositivos específicos.


Ao final da oficina, realizamos uma rodada de perguntas para avaliar o impacto das atividades no sentimento de pertencimento, autonomia, protagonismo e valorização no trabalho dos participantes.


A Oficina 2 do Projeto Saúde em Rede foi um momento valioso de reflexão, aprendizado e construção coletiva. Esperamos que as discussões e atividades realizadas durante o encontro tenham contribuído para fortalecer a gestão participativa e a valorização dos trabalhadores no SUS, promovendo uma abordagem mais humanizada e eficaz na prestação de serviços de saúde à comunidade.


Falas dos participantes:


Camila: No Piratininga iniciou o Colegiado Gestor.Muitas pessoas não repassam aos pares as deliberações.


Diógenes: No Colegiado Gestor tem a colaboração e vê resistência e algumas estratégias que precisam ser implantadas. Tem reuniões para alinhar os processos por categoria e quando possível está presente nas reuniões de equipe.


Alessandra: Reunião de Colegiado -  tem questões que não precisam ser para o trabalho e quando é levado para o Colegiado os trabalhadores não aceitam. Ex: demanda espontânea com os médicos(valida no Colegiado, mas não consegue dar prosseguimento), criou alternativas no whatsap, mas não deram certo.Tem questões que são levadas ao CG que não são diretrizes da instituição.


Simone: Reunião semanal de colegiado. A equipe evoluiu, mas tem pontos que precisam melhorar. As pessoas que estão no Colegiado não conseguem sustentar as decisões para os pares,não  sustentam as deliberações. O Colegiado é produtivo, pois os profissionais ajudam a modular os processos, coisas que não são possíveis o próprio grupo regula. No  Piratininga não funcionou por causa da pandemia. Faz diferença a frequência de todos nas reuniões e a regularidade dessas.


Camila: Não conseguiram que eles divulgassem as informações.


Marina: usam o zap para informação, mas presencial é o efetivo da comunicação.


Heidy:Já existia um CG , porém  um colegiado  anti-gestor. A primeira reunião foi muito preocupante, não conseguia sair da queixa e das falas agressivas.

Hoje são mais tranquilas as deliberações,mas ainda com dificuldade de repasse aos pares. Conseguimos avançar com reuniões mais leves, “damos conta de conversar como adulto”.


Marina ;*Instigar pessoas aliadas  que quando eles vêem que não é punitivo eles participam, a gestão é de todos os trabalhadores. E quanto mais as pessoas se sentem implicadas no processo é mais acertivo. As pessoas vão fazer porque participaram da construção. Exercitar isto  e  praticar no CS é importante para que as deliberações sejam seguidas.


Keila: reunião de Colegiado de 15/15 dias e com as categorias fazem mensalmente. Ainda não consegui fazer reuniões com os médicos, como faço com as outras categorias. Flui e as construções acontecem melhor nas reuniões de categoria que nas de Colegiado. Com a enfermagem tenho reuniões quinzenais e flui muito bem.

Compartilha as informações: zap, livro de ata e faço convite para ver se ampliou a participação.


Alex: Não consegue colocar seu ponto de vista. acaba desviando. Precisa ser ouvido(isso é o que se valoriza). Mesmo com a mesma orientação, as entregas são diferentes.

Fala que consultas especializadas são perdidas e que as pessoas ficam enrijecidas com protocolos e nota técnica.


Aline: as trocas de experiências quebram os estigmas de que existem lugares melhores para trabalhar.Os profissionais do CEO farão uma reflexão.


Ana Cláudia: Participação surpreendente da equipe do Leishmaniose no Andradas. Vivenciaram as dificuldades dos outros.Com participação efetiva e propositiva.


Raquel(GAERE): A troca depende da abertura do gestor e do feedback do gestor para se tornar pertencente ao grupo


Adalberto: fala palavra (comunicação) que precisa ser assertiva e atingir o objetivo. O problema é que tudo é imediato e passa para frente sem entender a demanda.


Raquel: fala da autonomia. Dar autonomia para o usuário é fazer com que o mesmo consiga lidar com sua vida sem a necessidade do CREAB(responsabilização)


Alex: protagonismo promove compara a ideia é uma luta por ela e levar para frente - é atitude.


Aline: escuta humanizada - empatia, ser humano, não ficar rígido nos protocolos(ouvir o outro na visão dele)


A avaliação desta oficina foi positiva, destacando o protagonismo da diretora em conduzir a oficina como sujeito autônomo que acredita na construção coletiva, trazendo para o grupo a importância de gerentes e apoiadores estarem alinhados neste projeto que é uma prioridade institucional.


Atividade em grupo Oficina 2

                         Apresentação em grupo

Atividade em gruposAtividade em grupo.
Atividade em grupos.
Momento de escuta oficina 2.