Memorial Oficina 4 : Território e Vigilância em Saúde

Memorial Oficina 4 : Território e Vigilância em Saúde

por Nomaria Cesar de Macedo -
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Memorial Oficina 4 : Território e Vigilância em Saúde



A Oficina 4 foi realizada nos dias 12, 13 e 14 de dezembro na Escola Municipal Professor Pedro Guerra e teve a participação de trabalhadores do Centro de Saúde Paraúna e do Centro de Especialidades Médicas de Venda Nova (CEM-VN)/Centro de Atenção à Mulher Leonina Leonor (CAM-LL).

Após apresentar os objetivos e os movimentos que o projeto disparou na cidade, com pactuação de levar a apresentação dos macroprocessos ao colegiado gestor, foram apresentados os objetivos da Oficina de Território e Vigilância.

Foi socializado com o grupo as notas dadas aos dispositivos apresentados na oficina anterior, onde houve destaque para o E-gestor e E- visita com a maioria pontuando 4, BH Map e Estratificação de Risco com 1, Mapa Inteligente com 2 e o Repositório apresentando uma média de 2,5; já que teve empate nas avaliações.

A  gerente do CS Paraúna apresentou a construção do Mapa Inteligente sendo realizado por todas as equipes com destaques em algumas condições de saúde. Pontua como o movimento de conhecer o Mapa Inteligente mobilizou a unidade com discussões interessantes acerca desta ferramenta. A referência técnica do distrito esteve na unidade com 3 equipes para apresentar a ferramenta e orientar como acessar e trabalhar com o território. E depois desta “capacitação” a acadêmica de medicina Letícia apresentou um estudo realizado com a equipe Pérola, em que identificou e estratificou os acamados e domiciliados para planejar visitas domiciliares de forma equânime, inclusive pontuando com o ACS o porquê de determinado acamado não ter necessidade de muitas visitas. Ela traz que antes, à medida que a ACS solicitava, muitos usuários estavam sendo visitados em grande quantidade, enquanto o que mais necessitava não era atendido em domicílio.

Depois a gerente do CEM/CAM-VN falou do desafio de construir o Mapa Inteligente deste equipamento, dada a dificuldade em extrair os dados do SIGRAH, mesmo após várias conversas e reuniões. Mesmo assim, foi possível mapear quais unidades do distrito mais acessam o serviço, o percentual fora deste território que é atendido, a faixa etária e especialidades com maior demanda, e o absenteísmo aumentado nos serviços ofertados para a população de fora da regional. Houve a percepção que o mapa inteligente do Centro de Saúde e do CEM apresentam semelhanças em relação às condições de saúde que mais impactam no serviço.

Seguiu-se com a apresentação de um vídeo introduzindo os conceitos das vigilâncias e uma brincadeira, o Quiz Gira e Vigia, construído pelo núcleo da epidemiologia da GAERE-VN. Em que as pessoas precisam identificar os conceitos e ações propostas que caracterizam vigilância em saúde, epidemiológica, saúde do trabalhador, ambiental e sanitária. Com esta “brincadeira” acredita-se que foi possível trabalhar os conceitos de uma forma divertida, corroborando para fixação do conteúdo e entendimento da temática proposta.

A turma foi dividida em 6 grupos, cada grupo recebeu uma situação-problema sobre a temática da oficina para entrarem em conversa, refletindo sobre as ações necessárias que são realizadas, as que não se consegue fazer e por que e os desafios a serem superados; além de identificar no caso as vigilâncias presentes e os dispositivos potentes para realizar uma ação com eficiência e eficácia. Foram trabalhos casos de acumuladores, tuberculose, imunização, Covid, intoxicação exógena, PNAR e epizootias resgatadas de situações do cotidiano do trabalho neste território. Os grupos fizeram a discussão e apresentaram em plenária, com destaque para a importância de notificar as doenças com o intuito de articular serviços e equipamentos na construção de um projeto terapêutico singular e promover vigilância em saúde. Concluiu-se a discussão com a apresentação do modelo da construção social da APS, proposto por Eugênio Vilaça, dentro da temática da vigilância.

Como produtos desta oficina identificou-se a necessidade de um trabalho conjunto de ACS e ACE, a importância de ter o ACE nas reuniões de equipe e a constituição de um Comitê de Vigilância na unidade, sendo pactuadas tais propostas. O CEM irá fazer uma oficina interna para trabalhar os dados apresentados e construir propostas mais consistentes para a AAE. Ao grupo, foi lembrado que o mapa mental disponibilizado quinzenalmente é uma ferramenta para se trabalhar o repositório, com o compromisso de ampliar os indicadores do Previne Brasil, trabalhados em oficinas anteriores. E também foi dada a pista de agendar a aplicação do checklist da sala de vacina no período de dispersão.

Concluiu-se a oficina com avaliação positiva pelos participantes, que a discussão teve sentido para o grupo, respeitando o tempo e momento de fala do outro, foi realizada uma análise coletiva do trabalho com uma boa síntese e direcionamento para fomentar ações de vigilância em saúde no território. Ressaltamos que esta oficina foi elaborada coletivamente, com a construção de casos do território realizada pelo núcleo da epidemiologia, gerente da vigilância sanitária e zoonoses. Enfim, os objetivos propostos foram contemplados durante os nossos encontros, com perspectivas de ações concretas que possibilitam mudanças nos processos de trabalho e uma qualificação do cuidado em saúde.  

 



(Editado por MARINA SANTOS ROCHA . - envio original quinta-feira, 14 dez. 2023, 16:50)

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